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Eu moro em uma casa pequena em uma cidade pequena.
A casa tem dois quartos,
um banheiro, uma sala média dividida em sala de jantar/sala de visitas, uma
cozinha e a área de serviço.
Eu moro aqui com o meu marido e 2 filhos, que tem 8 e 2 anos.
Nós alugamos a
casa que pertence à mãe de um amigo nosso.
A casa sempre pertenceu à família
dela, mas ela fala que ninguém nunca morreu aqui e nada de ruim também nunca
chegou a acontecer.
Nós moramos aqui a pouco mais de um ano.
Eu sempre soube que há alguém ou algo
na casa conosco, porque apesar de eu nunca ter visto um fantasma, eu sempre vejo coisas
com o canto do olho, coisas estranhas que não tem explicação.
Coisas que quando
eu viro para ver, não estão mais lá.
Quando eu não vejo essas coisas, eu ouço passos nos outros cômodos quando
não tem ninguém lá.
De vez em quando eu sinto uma batida no pé da minha cama
quando eu estou deitada descansando, e não importa se é dia ou noite. Sempre que
eu olho, nunca tem nada lá.
As vezes pequenas coisas somem, chaves do carro que estavam na mesa da sala, um
pequeno porta retrato que estava na mesinha de cabeceira no quarto, e depois elas aparecem
em lugares completamente estranhos, como dentro da pia da cozinha.
Mas nada
nunca machucou ou ameaçou a segurança de ninguém da minha família, apesar de
pequenos sustos tudo estava indo tudo bem.
O meu marido não acredita no sobrenatural, então ele ignora tudo o que é coisa
estranha que acontece.
Então em uma noite escura de lua nova as coisas ficaram
muito estranha e assustadoras.
O meu irmão, de 31 anos, e o filho dele, de 13 anos, acabaram se mudando de
volta para a nossa cidade, vindo do Rio de Janeiro.
Ele tinha vendido a casa
dele antes de se mudar para o Rio, mas como as coisas não deram certo, ele
acabou voltando.
E como eles não tinham onde ficar, o meu irmão e o meu sobrinho
ficaram conosco por umas duas semanas.
Como eu disse, a casa é pequena, e depois de um tempo ele se mudou para a casa
da minha mãe, mas o meu sobrinho ficou em casa (a casa da minha mãe também é
pequena).
Numa noite, o meu sobrinho e eu ficamos acordados vendo TV até tarde, e lá pelas
3:30' da manhã nós decidimos que era hora de ir dormir.
Eu estava acabando de
fumar mais um cigarro antes de ir para a cama e nós ainda estávamos conversando e
assistindo TV.
Eu estava sentada em uma cadeira do lado da porta do corredor,
virada para a TV, e o meu sobrinho estava no sofá, virado para o corredor.
De
repente ele parou de falar no meio de uma frase e falou que viu um fantasma
passar pelo corredor, saindo do meu quarto e indo para o quarto dos meus filhos.
Eu virei para dar uma olhada, mas claro, não vi nada.
E naquele instante, a
minha cadelinha Dina, pulou do meu colo e correu para o quarto das crianças.
O meu sobrinho e eu fomos para o quarto das crianças e a Dina estava deitada de
costas no chão entre as camas das crianças, abanando o rabo, feito ela faz
quando quer que alguém fosse cosquinhas na barriga dela.
Isso fez os pelinhos da
minha nuca se arrepiarem todos.
Eu fui ver se as crianças estavam bem e chamei a
Dina para a sala.
Eu perguntei para o meu sobrinho o que ele tinha visto, e ele
falou que era uma forma meio borrada, tinha uma aparência transparente, era meio
acinzentado e parecia estar flutuando ao invés de andar.
Ele falou que tinha a
forma de uma pessoa, mas não muito nítida o suficiente para saber se era um
homem ou uma mulher.
Ele falou que o fantasma não olhou para a sala, apenas
olhava para a frente enquanto andava.
Apesar de ter sido ele que viu o fantasma, ele não estava tão assustado quanto
eu estava.
Eu perguntei para ele porque ele não estava assustado e ele falou que
quando viu aquilo teve a impressão de que o fantasma não queria causar mal a
ninguém.
Mas ele falou que ainda assim não queria ficar sozinho na sala e eu
estava meio apavorada, então decidimos ficar acordados mais um pouco.
Depois de uns 15 minutos, a coisa ficou realmente assustadora.
Nós podíamos
ouvir trovões ao longe e estávamos falando de como seria bom ter um pouco de
chuva quando o Argos (o meu pastor alemão que fica do lado de fora de casa)
começou a latir.
Nós meio que ignoramos ele e continuamos a conversar, quando
ouvimos passos do lado de fora da porta de entrada.
Todo esse tempo o Argos
estava latindo feito louco, então decidimos dar uma olhada pela janela da sala
que fica na parte da frente da casa, mas não tinha ninguém lá.
Agora o meu
sobrinho e eu estávamos realmente assustados.
Nós voltamos para o sofá e nos
sentamos, e o Argos parou de latir e entrou na casinha dele.
Então ouvimos uma
batida forte na porta dos fundos (que fica na cozinha).
Isso fez a gente pular
do sofá e ficarmos em pé no meio da sala, mas o Argos não abriu a boca.
Então de
novo ouvimos os passos indo para a parte de frente da casa.
Dessa vez eu fui
para o meu quarto e acordei o meu marido e falei que tinha alguém do lado de
fora da casa fazendo alguma coisa.
Ele levantou, e ainda meio grogue e mau
humorado foi dar uma olhada lá fora.
Ele não viu nada e falou para mim e o meu
sobrinho que a gente tava ficando loucos e voltou para a cama.
Já era quase 4:00' da manhã e estava começando a chover forte, e estava havendo
uns trovões bem fortes também.
Nós dois ficamos lá na sala sentados, ouvindo a
chuva forte e os trovões, tentando entender o que tinha acontecido, quando de
novo ouvimos uma batida muito forte na porta de trás.
Dessa vez até o meu marido
ouviu e levantou para ver o que era.
Estava chovendo tanto que ele só olhou a
parte de frente da casa, mas de novo, não viu nada de estranho.
Então ele gritou
para a escuridão que se aquilo acontecesse de novo ele iría chamar a polícia,
então entrou em casa e ficou na sala com a gente.
Mas isso foi tudo o que
aconteceu lá fora pelo resto da noite.
Pouco depois a tempestade passou e os
primeiros raios da luz da manhã começaram a aparecer, então nós 3 acabamos indo
dormir.
Hoje em dia quando o meu sobrinho e eu pensamos naquela noite, nós ficamos imaginando se o que ele viu no corredor poderia estar nos protegendo do
que quer que fosse que estava lá fora, tentando entrar, já que ele não se sentiu
ameaçado pela visão, mas sentimos medo e a maldade do que quer que fosse que
estava lá fora.
Nós também imaginamos se a tempestade tem alguma coisa a ver com o que aconteceu
ou se ela influenciou o nível de atividade paranormal aqui em casa.
Você podia
quase sentir a eletricidade da tempestade no ar naquela noite.
E por que eu vivi
aqui por mais de um ano e nunca vi nada, mas o meu sobrinho sim?
Eu não sei as respostas, tudo o que eu sei é que isso tudo realmente aconteceu e
que foi uma noite assustadora que eu não quero que se repita nunca mais.
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Márcia
Redenção da Serra - S.P. - Brasil |
Contato: assombracoes@gmail.com |
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